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Aquisição do Coritiba pela Treecorp Partners dá continuidade ao ímpeto de investimento no futebol brasileiro

Jun 13, 2023Jun 13, 2023

Getty Images

A empresa de private equity Treecorp Partners concordou em comprar o clube de futebol brasileiro Coritiba em um negócio avaliado em cerca de R$ 1,3 bilhão (US$ 260 milhões).

A aquisição fará com que a Treecorp, com sede em São Paulo, detenha 90% do time do Campeonato Brasileiro Série A.

Do valor do empreendimento de R$ 1,3 bilhão, R$ 270 milhões (US$ 54,1 milhões) serão destinados ao pagamento de dívidas do Coritiba e R$ 100 milhões (US$ 20,1 milhões) serão gastos na reforma do centro de treinamento do time. R$ 450 milhões (US$ 90,2 milhões) também foram destinados ao dia a dia e R$ 500 milhões (US$ 100 milhões) foram destinados à modernização do estádio do clube.

A aquisição da Treecorp segue a aquisição do Esporte Clube Bahia pelo City Football Group (CFG) no início deste mês. O dono do Manchester City teria assumido uma participação de 90% no Bahia em um negócio no valor de R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões). Fevereiro de 2022 também viu a empresa de investimentos alternativos 777 Partners, com sede em Miami, comprar o futebol brasileiro quando assumiu o controle acionário do Vasco da Gama.

O acordo da Treecorp é o mais recente de uma onda de investimentos recentes no que é de longe o esporte mais popular do Brasil.

Houve várias razões para o aumento do interesse. Novas leis foram introduzidas permitindo que os clubes nacionais sejam administrados como sociedades de responsabilidade limitada controladas por investidores externos, abrindo as portas para novos apoios financeiros.

O futebol brasileiro também possui grandes times icônicos e uma base de fãs fervorosa, oferecendo ampla oportunidade comercial. Os clubes também produzem regularmente grandes talentos que podem ser vendidos para times europeus por taxas gigantescas. Por exemplo, Vinícius Júnior ingressou no gigante espanhol Real Madrid vindo do Flamengo em 2018 por uma verba de € 46 milhões (US$ 50,4 milhões).

Além disso, os clubes da América do Sul, incluindo o Brasil, são geralmente mais baratos de operar do que nas 'cinco grandes' ligas da Europa, graças a salários mais modestos e custos administrativos mais baixos. O mercado também está subdesenvolvido em comparação com os principais níveis europeus, o que significa que há muito potencial de crescimento.

A primeira divisão brasileira está em um momento crítico. O projeto Liga Forte Futebol (LFF) enfrenta a Liga Brasileira de Futebol (Libra) para lançar uma nova competição nacional de futebol. O primeiro é apoiado pelo grupo de investimentos norte-americano Serengeti Asset Management e pela empresa de capital de risco Life Capital Partners. Enquanto isso, os investidores dos Emirados Árabes Unidos (EAU) foram vinculados a um acordo para uma participação na Libra.

Mais dinheiro do que nunca está fluindo para o futebol brasileiro. Não é um vencedor garantido, em parte devido à economia volátil do país. Mesmo assim, o jogo doméstico está se preparando para mudanças sísmicas.

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R$ 270 milhões serão usados ​​para pagar as dívidas do Coritiba Mais recursos serão alocados para melhorar o estádio e o centro de treinamento do clube, bem como para as operações do dia-a-dia negócio avaliado em cerca de R$ 1,3 bilhão (US$ 260 milhões).