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ANGOLA: Exim Bank dos EUA libera valor recorde de US$ 900 milhões para duas usinas de energia solar

Apr 10, 2023Apr 10, 2023

Por Jean Marie Takouleu - Publicado em 7 de junho de 2023 / Modificado em 7 de junho de 2023

Washington apoia o desenvolvimento das energias renováveis ​​em Angola. O US Exim Bank aprovou um empréstimo de 900 milhões de dólares ao Ministério da Energia e Águas de Angola. O financiamento destina-se à construção de duas centrais solares fotovoltaicas com uma capacidade conjunta de 500 MWp.

O projeto de construção destes dois parques solares, anunciado à margem da cimeira do G7 em 2022, é uma iniciativa do governo angolano, em parceria com as empresas americanas AfricaGlobal Schaffer e Sun Africa. A Sun Africa prometeu investir 1,5 mil milhões de dólares nos sectores de água e energia de Angola a partir de 2021. Com um escritório já instalado na capital angolana Luanda, a Sun Africa pretende fazer estes investimentos nas províncias do Cunene, Namibe, Cuando Cubango e Huíla.

O empréstimo de US$ 900 milhões a Angola "não está apenas alinhado com a Parceria Global de Infraestrutura e Investimento (GIIP) do presidente Joe Biden, mas também avança nos esforços do Exim Bank dos EUA para promover as exportações de energia limpa, fortalecer as relações comerciais EUA-África e apoiar os exportadores e trabalhadores que enfrentam a concorrência estrangeira", explica Reta Jo Lewis, presidente do conselho do US Exim Bank.

A instituição financeira com sede em Washington também está fornecendo esse financiamento como parte do China and Transformational Exports Program (CTEP), um programa ordenado pelo Congresso dos EUA para apoiar os exportadores americanos que enfrentam a concorrência da China. E no mercado solar, as empresas chinesas estão liderando o caminho, fornecendo equipamentos em toda a África e em outras partes do mundo. As maiores usinas solares em operação ou em construção, notadamente na África do Sul e no Egito, são equipadas por fabricantes chineses.

É o caso da central solar de Kom Ombo, cujos módulos serão fornecidos pela LONGi. Quando se trata de energia solar, a China é de longe o maior mercado, com 174,8 GW de capacidade instalada em 2018, e fornece de 60% a 70% dos painéis solares do mundo, segundo a plataforma Futura-Sciences. Angola, que aposta nesta energia para desenvolver a sua economia, está 56% dependente da hidroeletricidade (numa capacidade instalada de 6.143 MW), segundo a Power Africa.

Jean Marie Takouleu

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